No ensinamento do sermão no monte, Jesus esclarece quais são as características de um verdadeiro cristão. Ele faz isso através de comparações muito apropriadas para aquela época e que seria facilmente compreendida por todos que ali estavam.
Abordaremos um princípio ético que é de extrema importância para aquele que querem servir ao Senhor, fazendo tudo para a glória de Deus. O que podemos fazer para que o nome do Senhor seja glorificado através das nossas vidas.
SAL DA TERRA
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A história das montanhas de sal nos mostra algo semelhante ao que Jesus disse em Mateus 5.13. “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens”.
A evaporação das águas do mar faz com que a cristalização do cloreto de sódio se acumule nos montes próximos à costa marítima, onde ocorre a extração do sal. Este fenômeno da natureza acontece em cidades com a temperatura muito quente e faz com que o sal na parte exterior das montanhas se torne insípido, porém para chegar ao sal utilitário é necessário extrair a camada de sal insípido. Antigamente essa camada de sal insípido extraído das montanhas servia para ser lançada nas estradas tampando os buracos e colocada em escadas, pois também servia como antiderrapantes.
MONTANHAS DE SAL
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Na época da igreja primitiva o sal era tão valioso, que os soldados romanos recebiam o sal como forma de pagamento. Considerando esse contexto surge a origem da palavra “salário”, pois o sal naquele tempo era utilizado como condimento, conservante, fertilizante ou até mesmo como remédio.
No oceano existem diversos tipos de sais, para retirá-los do mar são usadas colheitadeiras ou recorre-se ao trabalho manual executado por trabalhadores que abastecem carrinhos de mão.
Ainda com elementos como magnésio chega-se ao sal grosso, bastante conhecido e utilizado nos churrascos, já para a obtenção do tempero do dia a dia, é necessário refiná-lo e adicionar aditivos como o iodo, elemento exigido por lei, pois ajuda a prevenir doenças da tireoide.
O sal pode ser útil de várias maneiras, porém daremos ênfase em três delas e a sua contextualização.
1- O sal serve para temperar; dar sabor; esse tempero deve ser usado de forma moderada para não salgar os alimentos. Desta forma é a vida do cristão, pois como o sal da terra precisa ser temperado, não deve ser salgado demais, fazendo com que as pessoas se aborreçam pela sua religiosidade ou fanatismo.
Por outro lado, também não deve ser insípido, fazendo com que as pessoas nem saibam que é cristão, sendo pisado por homens ou influenciado por coisas desse mundo (2Tm. 2.4).
2- O sal serve para conservar os alimentos, isso é muito normal no nordeste do Brasil, pois trata de uma técnica utilizada ao longo da história da humanidade que permite ao homem armazenar comida para sobreviver no período de escassez; o cristão como sal da terra também precisa conservar a sua vida, zelando pela ética e moral dos valores do Reino de Deus. No Salmo 69.9 Davi expressa o seu zelo pela casa do Senhor.
3- O sal mesmo em pouca quantidade serve para estimular a sede, quando consumido provoca uma vontade intensa de ingerir água para saciá-la.
Quem nunca sentiu sede ao ponto de beber muita água e a barriga chegar a doer não suportando mais, e mesmo assim continuar sentindo sede? Assim deve ser o cristão como o sal da terra, ao ministrar a Palavra de Deus, mesmo por um longo tempo, ele precisa provocar nessas pessoas o desejo intenso de continuar ouvindo, como se ainda estivessem com muita sede.
Jesus disse em João 7.37b “…Se alguém tem sede, venha a mim, e beba”.
A LUZ DO MUNDO
“Vós sois a luz do mundo…” (Mt. 5.14) Nesse versículo Jesus afirma que somos a luz do mundo, uma luz que precisa brilhar em meio às trevas através de ações que refletem a glória de Deus em nossas vidas.
Na criação a primeira coisa que Deus criou foi a luz (Gn. 1.3-5).
A luz não pode ser escondida debaixo de um alqueire, pois o seu resplendor irá brilhar de uma maneira que todas as pessoas verão, e saberão que a luz sempre prevalecerá em meio às trevas.
As ações dos verdadeiros cristãos são luzes que fazem com que o Reino de Deus se torne visível aos olhos de todos os homens, como diz em Mateus 5.16a “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens…”, a luz que está em nós precisa resplandecer e impactar a todos que estão ao nosso redor.
Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo. 8.12).
Jesus disse aos seus discípulos: “A luz ainda está convosco por um pouco de tempo. Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem; pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz” (Jo. 12.35,36).
Jesus como a luz do mundo, foi rejeitado pelos homens, por causa das obras ruins que os homens praticavam como diz a palavra de Deus.
“E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas”. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus” (Jo. 3.19-21).